
Hoje, eu sou rigoroso com os meus limites.
E não foi por orgulho foi por sobrevivência.
Aprendi da forma mais dura que cada vez que eu cedia demais, cada vez que tentava entender quem só me confundia, cada vez que deixava o outro ultrapassar o que me feria, eu acabava pagando um preço alto demais: o de me perder.
Durante muito tempo, achei que “ser bom” era suportar. Que perdoar era insistir. Que amor era entender o outro, mesmo quando o outro nunca se esforçava pra entender nada sobre mim.
Mas com o tempo e com as feridas eu percebi: ninguém muda porque você se doa mais.
Ninguém melhora só porque você acredita no potencial que ele não tem vontade de enxergar.
Normalizar o afastamento é um ato de cura.
É parar de tentar salvar o que só te afunda.
É entender que o silêncio, às vezes, é a forma mais madura de dizer “basta”.
Eu aprendi que a paz começa no momento em que você para de forçar presença onde só existe ausência.
Você não precisa continuar tentando provar que é bom o suficiente para alguém que nem tenta te manter por perto.
Não há virtude em insistir no que só te desgasta.
Desista das pessoas que não se esforçam.
Não volte aos mesmos lugares esperando histórias diferentes.
E, principalmente, pare de procurar o melhor de alguém que já te mostrou o pior mais de uma vez.
O amor não precisa ser um campo de batalha.
Ser compreensivo demais com quem não presta é repetir a mesma lição esperando uma nota diferente.
E a vida por mais que ensine — não tem paciência com quem insiste em ignorar o aprendizado.
Hoje, entendo que colocar limite não é ser frio.
É ser consciente.
É olhar pra dentro e entender que a minha energia é sagrada, que meu tempo é valioso e que minha paz tem preço e ele não é barato.
Ser firme não é falta de empatia.
É maturidade.
É saber até onde posso ir sem me perder no caminho.
O limite é o lugar onde o amor próprio se levanta e diz: “daqui pra frente, sou eu por mim.”
E quando você aprende isso, não sente culpa por se afastar, nem tristeza por deixar pra trás quem não te valorizou.
Sente alívio.
Porque entende que amar o outro é bonito, mas amar a si mesmo é urgente.