Memórias que evitam decepções – por André Luiz Santiago Eleutério

Foto de André Luiz Santiago Eleutério, autor do Pensamento Diário com reflexões emocionais sobre a vida
André Luiz Santiago Eleutério

Algumas verdades precisam ser lembradas todos os dias, mesmo que doam. Não são conselhos para parecer bonito em rede social, mas alertas que salvam nosso coração de muitas feridas. A primeira delas é simples: colegas não são amigos. Você pode rir, conversar e até dividir problemas no trabalho ou na rua, mas amizade de verdade exige algo que poucos oferecem lealdade e presença. Confundir colega com amigo é como confiar um segredo a um desconhecido: cedo ou tarde, a decepção bate à porta.

Outro ponto que precisamos aceitar é que o passado não volta. Relacionamentos antigos, de qualquer tipo, devem ficar onde pertencem: no ontem. Reviver o que já terminou pode parecer uma boa ideia quando bate a saudade, mas quase sempre acaba reabrindo feridas. O que passou deve servir de lição, não de corrente para nos prender. É impossível avançar se estamos amarrados ao que já foi.

Também é preciso parar de insistir em pessoas que não se esforçam para estar conosco. Uma ligação, uma mensagem, um gesto de cuidado ,quem quer, arruma um jeito. Quando só você tenta manter o contato, a relação vira um peso. O afeto verdadeiro é como uma ponte construída pelos dois lados; se um lado desaba, não há como atravessar.

Amor-próprio não é egoísmo, é sobrevivência. Se colocar sempre em último lugar para agradar os outros só gera frustração. Quando nos valorizamos, entendemos que nossa paz vale mais do que qualquer aprovação alheia. E, ao contrário do que muitos pensam, isso não afasta as pessoas certas , afasta apenas aquelas que se beneficiavam do nosso silêncio e da nossa falta de limites.

Há também um cuidado essencial: afastar-se de quem sente inveja do seu progresso. A inveja pode vir disfarçada de elogios, mas o olhar denuncia. Essas pessoas não vibram com suas conquistas; elas se incomodam com elas. Manter gente assim por perto é como abrigar quem deseja derrubar sua casa. Reconheça, afaste e preserve sua energia.

Por último, nunca dê aos outros o poder de decidir o rumo da sua vida. Ouvir conselhos é diferente de entregar o volante. Cada um vive a partir da sua própria visão e não carrega o peso das consequências por você. Escolher por si mesmo é assumir riscos, mas também é viver de forma autêntica.

Guardar essas verdades não é se tornar frio ou desconfiado, mas aprender a colocar filtros no coração. Selecionar quem fica e quem parte, o que vale insistir e o que é melhor deixar para trás, é a maneira mais segura de proteger a si mesmo e continuar seguindo, mais leve, mais consciente e mais forte.

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