
Você foi o capítulo que o tempo não conseguiu apagar.
De todos os abraços que vivi, o seu ainda mora na lembrança daquele jeito doce e insistente que o coração não esquece.
Você foi o amor mais confuso e mais sincero.
O que me fez rir e calar.
Foi o erro mais bonito que já cometi e, ainda assim, o único que eu voltaria a cometer.
Houve algo em nós que nem o tempo conseguiu explicar.
Talvez porque amor de verdade não pede lógica ele apenas acontece, bagunça, marca e vai embora, deixando o perfume daquilo que poderia ter sido.
Eu já tentei te esquecer, mas descobri que o esquecimento não obedece.
Então resolvi apenas lembrar lembrar sem culpa, sem medo, sem pressa.
Porque tem saudades que doem, mas doem bonito.
Você foi a parte boa dos meus planos e a falha mais humana dos meus dias.
Foi o riso fácil, o olhar demorado, o silêncio que dizia tudo.
Foi a felicidade breve e a ausência longa.
E, mesmo sem estar, você ainda está.
Nas músicas, nos cheiros, nas noites em que a memória insiste em me visitar.
Você virou lembrança, mas das boas daquelas que não pesam, só aquecem.
Hoje entendo: nem tudo o que termina se perde.
Algumas histórias apenas mudam de lugar saem das mãos e passam a morar dentro da gente.
E é por isso que, quando penso em tudo o que vivi,
de tudo o que ficou,
você ainda é o pedaço mais bonito da minha saudade.