Ansiedade, dor e superação – Por André Luiz Santiago Eleutério

Foto de André Luiz Santiago Eleutério, autor do Pensamento Diário com reflexões emocionais sobre a vida
André Luiz Santiago Eleutério

A vida, muitas vezes, nos surpreende de formas que não esperamos. Um dia acreditamos ser fortes, capazes de suportar qualquer peso, e no outro somos surpreendidos por algo que nos arrasta para o chão: a ansiedade. Ela chega sem avisar e muda a forma como vemos a nós mesmos e ao mundo.

Quem nunca passou por isso pode não entender, mas a ansiedade transforma. Ela faz uma pessoa antes confiante se sentir fraca, triste e sozinha. Ela rouba a paz e traz a sensação constante de insuficiência. As mãos começam a suar e tremer, o coração dispara como se quisesse sair do peito, e a dor que se instala parece tão real quanto uma ferida física. É como se o corpo gritasse por socorro, mesmo sem motivo aparente.

É difícil explicar como é viver nessa batalha. Há dias em que conseguimos ser nós mesmos, sorrir, sentir alegria e até acreditar que tudo vai ficar bem. Mas também existem os outros dias, aqueles em que acordamos já cansados, carregando um peso que não sabemos de onde vem. Nessas horas, até o menor detalhe pode se tornar um gatilho que desmorona todo o nosso equilíbrio.

A ansiedade não é apenas uma sensação. Ela é uma luta silenciosa. Por fora, muitos acreditam que somos fortes, que nada nos atinge, mas por dentro travamos batalhas intensas. A mente não para, os pensamentos se atropelam, e a sensação de angústia é constante. Parece impossível encontrar descanso.

No entanto, mesmo em meio à dor, há espaço para resistência. A vida de quem sofre com ansiedade não é feita apenas de queda. Ela também é feita de pequenas vitórias: levantar da cama em um dia ruim, respirar fundo quando o coração acelera, sorrir mesmo com a mente cansada. Esses gestos simples são conquistas imensas, porque representam a escolha de não se entregar.

É verdade que há dias de exaustão, dias em que o corpo e a mente dizem “chega”. Mas também há dias em que a força renasce, em que conseguimos acreditar que não somos apenas nossa ansiedade. Somos muito mais do que o medo, mais do que a insegurança e mais do que os sintomas que nos machucam.

Lutar contra a ansiedade é um processo. É aceitar que nem sempre estaremos bem, mas que ainda assim podemos continuar. É reconhecer que pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas de coragem. É olhar para si com compaixão e entender que o fato de estar lutando já é uma prova de força.

A vida de uma pessoa ansiosa é uma mistura de altos e baixos, mas dentro dessa caminhada há algo de muito especial: a capacidade de renascer todos os dias. Mesmo quando parece que tudo vai desmoronar, ainda existe uma chama que insiste em não se apagar. Essa chama é a esperança.

Por isso, mesmo em meio à dor, não se perca de você. Continue lutando, continue acreditando. Porque a ansiedade pode até te derrubar, mas nunca será maior do que sua capacidade de recomeçar.

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